Só observo!
- COLINA
- 12 de ago. de 2019
- 2 min de leitura

O que mais se ouve aqui por Colina quando o assunto é política: “Tô fora desse assunto”, “Ah! Eu nem comento nada, prefiro ficar quieto no meu canto”, “Mexer com esse povo aí, é fria”. Aí eu penso: não adianta reclamar da política nacional e da municipal e se calar; pior que isso, se acovardar. A faxina tem que começar de dentro para fora e não ao contrário. O que mais chamou minha atenção nessa semana foi a conversa com dois empresários da cidade, que não dependem do poder público, serem tão omissos quando o assunto é política municipal. Quando o empresário reclama da economia, há de se fazer uma análise: como o povo vem comprar na minha loja se minha cidade não gera renda, não tem serviço, o poder público não investe em geração de emprego? Não é refazendo sinalização de solo, festas e reinaugurando obras antigas, maquiando a cidade, que vai aquecer a economia local. Há algum tempo, a política em nossa cidade vem acompanhada por um misto de medo, nojo e incertezas, e com isso, o “homem bom” afastou-se dela. Essa demonização tem origem no interesse que os donos do poder têm em dominar a política. Quanto menos gente boa na política, melhor para quem quer se aproveitar dela. A grosso modo, é a política que vai definir o crescimento econômico ou a recessão, se o dinheiro vai ser investido em proveito do povo ou se a política vai atender apenas ao desejo de enriquecimento ilimitado daqueles que estão nela há anos. As eleições tornaram-se espetáculos em que o marketing da mentira tem o papel principal e os “donos do dinheiro” determinam quem será eleito ou não. Não restou espaço para discutir qualquer interesse público, mas apenas interesses particulares de poderosos, que, como hienas, disputam a carcaça de uma moribunda Colina.
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