Funcionário com necessidades especiais

Passando pela praça do Conjunto Habitacional “Henrique Ernesto Paro”, deparei-me com uma cena um tanto quanto preocupante. Primeiro com o ser humano, depois com a situação de desrespeito a um funcionário público. Esse funcionário teve poliomielite, faz uso de muletas e trabalha em pé varrendo, cuidando da praça oito horas por dia, de segunda a sexta-feira. Esse funcionário é concursado na área de serviços gerais. Mas o que a gente mais nota na cidade é funcionário público, que é contratado ou mesmo concursado, sendo desviado de suas funções. Não custaria o poder público dar uma atenção para esse funcionário. Atender e respeitar os limites do ser humano e colocar esse funcionário em um ambiente mais apropriado, respeitando suas limitações. Segundo moradores nas imediações, o funcionário disse sentir fraqueza muscular, dor nas articulações que gera fadiga e exaustão. A praça não possui nem ao menos água. Tem o registro, mas não tem torneira (veja foto). Até mesmo a vegetação do local sente. Um local de trabalho que não tem água potável é degradante. E, esse funcionário está privado de suas necessidades mais básicas, como a ingestão de água durante sua jornada de trabalho e uso de sanitários para suas necessidades. Trabalha em condições precárias de higiene, em condições degradantes no ambiente de trabalho. Apesar de uma placa apontar “recuperação da praça e sanitários”, atualmente, o local não possui sanitários. Segundo uma moradora do bairro, a prefeitura desmanchou os mesmos alegando que o local servia para ações de vândalos e consumo de drogas.

Vale ressaltar que os logradouros públicos têm necessidade de vigias zelando pelo espaço. É dever do poder público resguardar a saúde e integridade física e mental de seus trabalhadores. Uma coisa é pensar no ser humano, a outra é fazer só politicagem.