Pacientes renais pedem socorro
- COLINA
- 5 de ago. de 2019
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Nossa reportagem ouviu o desabafo de alguns munícipes que fazem hemodiálise e são dependentes de transporte municipal para fazer o tratamento na Santa Casa de Barretos. O sofrimento dos pacientes de Colina, que precisam fazer hemodiálise, vai muito além do que passar 12 horas por semana sentados em uma cadeira para ter o sangue limpo e filtrado por uma máquina. São dois períodos de tratamento. Para exemplificar o fato, o paciente do primeiro período sai em média 4 horas da manhã de Colina para o setor de Hemodiálise na Santa Casa de Misericórdia de Barretos. As sessões começam em média as cinco e meia e termina por volta das nove e meia da manhã. Já aconteceu do veículo que os transportam desviar o roteiro para outras finalidades, marcar exames, buscar resultados e até mesmo pegar peças em loja. E, com isso saírem de Barretos por volta das 11 horas da manhã. O paciente que passa por esse processo sai “arrebentado”, e precisa urgentemente voltar para sua residência. Sentem fortes cãibras, enjoo, taquicardia, queda de pressão arterial, calafrio e vômitos. Têm deficiência de mobilidade após as sessões e é um absurdo precisarem voltar para suas casas de van, um veículo inapropriado, sem ar condicionado. Precisam urgentemente de uma ambulância que seja “exclusiva” para essa finalidade de transportar pacientes renais. Esses pacientes viajam sentados, e muitos têm necessidade de viajar em uma maca, deitados. Sentem falta de uma enfermeira para um caso de emergência. Se aqui o hospital colinense possuísse esse setor, o paciente estaria mais bem amparado. Se entre a ida e volta de Barretos demoram em média até 6 horas entre a locomoção e as sessões, se fossem em Colina, tudo se resolveria em quatro horas e meia. Essa uma hora e meia faz muita diferença para esses munícipes dependentes desse tratamento. Tudo isso tem ocorrido porque o acesso a serviços de saúde aqui no município não atende às expectativas, quanto a tratamentos especializados que requerem tecnologia mais moderna, obrigando os pacientes, que deles necessitam, a procurarem socorro em centros mais equipados. Os pacientes renais cobram uma contrapartida do setor público de Colina. Gastam tanto com festas! Se falta dinheiro para as coisas que são prioridades, então, não se pode gastar com o que é supérfluo. Acorda gente!
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